Em março de 1991, foi realizado um referendo nacional na Federação Russa, que fazia parte da URSS, como resultado da instituição da presidência na república. O estabelecimento da presidência foi causado pelas características da situação econômica e política, que exigiram o fortalecimento do poder executivo. Em junho de 1991, a república recebeu o primeiro presidente, que se tornou B.N. Yeltsin.
Antes da introdução da presidência
A popularidade de Boris Yeltsin entre as grandes massas da população começou a aumentar desde 1987, quando ele, sendo o primeiro secretário do comitê do partido na cidade de Moscou, entrou em conflito aberto com a liderança central do PCUS. A principal crítica de Yeltsin foi dirigida a M.S. Gorbachev, Secretário Geral do Comitê Central.
Em 1990, Boris Yeltsin tornou-se deputado popular do RSFSR e, no final de maio daquele ano, foi eleito presidente do Conselho Supremo da república. Alguns dias depois, a Declaração de Soberania Russa foi adotada. Previa que a legislação russa tivesse precedência sobre os atos legislativos da URSS. O chamado "desfile de soberania" começou em um país que estava começando a desmoronar.
No último XXVIII Congresso da história do PCUS, Boris Yeltsin deixou desafiadoramente as fileiras do Partido Comunista.
Em fevereiro de 1991, Boris Yeltsin criticou fortemente a política da alta liderança da União Soviética em seu discurso na televisão. Ele exigiu que Gorbachev renunciasse e transferisse todo o poder para o Conselho da Federação. Um mês depois, um referendo nacional foi realizado na URSS, cujos resultados foram confusos. A esmagadora maioria da população do país favoreceu a preservação da União Soviética ao introduzir o governo presidencial na Rússia. Na verdade, isso significava que o poder duplo estava começando no país.