Em 23 de maio, o Egito realizou a primeira eleição presidencial democrática após a derrubada de Mubarak. No primeiro turno, nenhum dos candidatos conseguiu obter a maioria dos votos; portanto, o vencedor será determinado no segundo turno das eleições, que será realizado nos dias 16 e 17 de junho de 2012.
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Em maio, o Egito sediou a primeira eleição presidencial democrática do país. Dois candidatos entraram na segunda rodada: um representante do Partido da Liberdade e Justiça, a ala política do movimento islâmico da Irmandade Muçulmana, Mohammed Mursi e Ahmed Shafiq, ex-comandante da Força Aérea Egípcia. A maioria dos comentaristas das eleições egípcias concorda que o segundo turno é uma escolha entre islamitas e militares, radicalismo islâmico e secularismo. Mas, na verdade, para o Egito, não há muita diferença em quem vence, já que nenhum dos candidatos tem a influência total que lhe permitiria governar sem considerar os candidatos às eleições. Isso significa que você ainda precisa negociar.
No momento, ninguém pode dizer com certeza qual dos políticos vencerá. Cada um deles tem seus apoiadores, ambos os candidatos fizeram inúmeras promessas. O islamita Mursi apóia uma grande camada de pobres egípcios, pois a Irmandade Muçulmana não apenas promove ativamente a assistência aos segmentos mais pobres da população, mas também fornece essa assistência. Em particular, sob o regime de Mubarak, eles construíram escolas e hospitais para os pobres em todo o país. Foi Mursi quem marcou mais votos no primeiro turno. O general Ahmed Shafiq é apoiado pela intelligentsia e por todos os segmentos da população, orientados para um estado secular aberto. O radicalismo islâmico assusta tantos, então mesmo aqueles que apoiaram outros candidatos e não têm muita simpatia pelo general podem votar nele no segundo turno. Os militares, que derrubaram Mubarak e têm todo o poder no país, instam as pessoas a comparecer às urnas e prometem transferir o poder para o presidente eleito.
De qualquer forma, as eleições beneficiarão o Egito. Ambos os candidatos estão cientes de que o país precisa de mudanças, de que não há caminho para o passado. É necessário adotar uma nova constituição e realizar reformas econômicas. A maioria dos egípcios vive com menos de dois dólares por dia, então ambos os candidatos entendem a necessidade de impulsionar a economia do país.