A própria estrutura da palavra "preconceito" implica algo que precede a razão, razão, é realizado sem a sua participação e, portanto, contradiz a lógica. Mas para uma pessoa que compartilha essas opiniões, a ilogicidade não é óbvia, os preconceitos constroem sua própria lógica.
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Preconceito é um julgamento que uma pessoa nem tenta sujeitar a uma análise crítica razoável ("racional"). Os preconceitos surgem na forma de superstições, estereótipos sociais, crenças pseudo-científicas.
Preconceito e pensamento
Por mais paradoxal que possa parecer, a origem do preconceito está enraizada na "razão" - pensamento lógico. Sua principal função é buscar padrões, na previsão de eventos com base na experiência existente; portanto, o pensamento lógico tem muito medo do acaso, do caos. A falta de informação, com base na qual seria possível fazer previsões, "derruba o solo sob os pés" do pensamento lógico. Se objetivamente não existem leis, na tentativa de "encontrar" essas começa a criá-las.
Um exemplo típico dessa descoberta de padrões falsos são os estereótipos da percepção social, que são uma das categorias mais perigosas de preconceito.
Ao encontrar um estranho, surge uma incerteza, porque não se sabe o que esperar dele, como se comunicar com ele. E agora a mente humana está tentando prever a comunicação, "adivinhar" as qualidades pessoais do interlocutor em qualquer detalhe, seja nacionalidade, profissão, idade ou aparência. Na maioria dos casos, esses julgamentos são negativos, porque a principal tarefa da previsão é evitar situações perigosas: "loira não significa acéfalo", "adolescente significa valentão e viciado em drogas" etc.
A análise crítica poderia facilmente quebrar esses julgamentos. Uma pessoa poderia pensar sobre que tipo de conexão pode existir entre a cor do cabelo e a inteligência, de onde viriam os adultos saudáveis e cumpridores da lei se todos os adolescentes estivessem usando drogas. Mas a análise crítica não se seguirá. Uma pessoa pode conhecer qualquer número de loiras inteligentes e adolescentes decentes, mas todas elas serão percebidas como exceções às regras.
Preconceito e Sociedade
Uma pessoa assimila muitos preconceitos através da influência do grupo. Pertencente a um grupo social específico, seja uma família, uma turma escolar, um grupo profissional ou uma nação, uma pessoa domina todas as suas normas de grupo, incluindo preconceitos. O princípio chave neste processo - “todo mundo diz isso”, quem é esse “todo mundo” - não está claro. Por exemplo, uma pessoa pode não se lembrar de quem e quando lhe disse pela primeira vez que um gato preto traz infortúnio ou que alimentos geneticamente modificados são prejudiciais - mas continua acreditando nisso.
A vitalidade de tais preconceitos é determinada pelo número de pessoas que os compartilham. Por exemplo, nos primeiros anos após a Segunda Guerra Mundial, a maioria da população da URSS estava convencida de que "todos os alemães são fascistas". Como as pessoas nascidas e amadurecidas que não tiveram uma experiência negativa com os alemães, esse preconceito gradualmente se tornou inútil, e hoje apenas algumas pessoas idosas que se lembram da guerra estão sob sua autoridade. As crianças modernas não aprendem mais esse estereótipo, mesmo que se comuniquem com bisavós e bisavós.