Na tradição ortodoxa, Jesus Cristo é chamado o Messias, o Salvador e também o Deus-homem. O último termo aparece no cristianismo nos primeiros séculos, durante disputas sobre a divindade e a humanidade de Jesus Cristo.
A nomeação do Salvador pelo Deus-homem indica a dualidade das naturezas em Jesus Cristo. Assim, de acordo com os ensinamentos da Igreja Ortodoxa, o Senhor Jesus Cristo é um Deus verdadeiro - Deus em essência no sentido literal da palavra, assim como uma pessoa perfeita. O ensino dogmático ortodoxo proclama às pessoas que em uma única segunda pessoa a Santíssima Trindade (Jesus Cristo) após o momento da encarnação de Deus se tornou duas naturezas: divina e humana. Essas duas naturezas em Cristo não se fundem em uma, não se separam, não se passam entre si, mas a partir do momento da encarnação de Deus elas permanecem inseparáveis em uma segunda pessoa da Santíssima Trindade.
Falando de Cristo como o Deus-homem, é necessário entender que Jesus possui toda a plenitude da autoridade divina igual a Deus, o Pai, e o Espírito Santo. Cristo possui todos os atributos divinos. A única diferença entre Cristo na divindade de Deus Pai e Deus Espírito Santo é o "nascimento" de Deus Pai. A teologia ortodoxa faz uma distinção entre pessoas divinas em termos de fertilidade e descendência. Então, Deus Pai não nasceu de ninguém e não vem, Deus Filho nasceu de Deus Pai, e Deus Espírito Santo vem de Deus Pai.
É necessário dizer sobre a humanidade de Cristo. O Salvador era em todas as coisas como pessoas, exceto no pecado. Cristo era um homem perfeito, um homem sem pecado. O Salvador, como as pessoas, era inerente às emoções humanas, tristezas, alegria, um sentimento de sede e fome. Assim, as Escrituras Sagradas dizem que Cristo chorou sobre Lázaro morto, lamentou, sedento na cruz. Essas manifestações da humanidade em Cristo são chamadas paixões naturais que nada têm a ver com o pecado.