Em 1985, Mikhail Gorbachev, o novo secretário geral do Comitê Central do PCUS, anunciou o curso da União Soviética em direção à perestroika. Três décadas se passaram desde então, mas algumas das consequências desses eventos ainda não podem ser estimadas da maneira mais objetiva possível.
A necessidade de ajuste
A principal razão para o início da perestroika em 1985-1991 foi a difícil condição econômica da URSS, na qual o país caiu no início da década. As primeiras tentativas de reconstruir o sistema estatal foram feitas por Yuri Andropov, que iniciou a luta contra a corrupção generalizada e o roubo, que arrastaram o estado para o abismo do caos econômico e tentaram fortalecer a disciplina trabalhista. Suas tentativas de provocar mudanças foram meramente tentativas, sem produzir o efeito desejado. O sistema estatal estava em uma crise severa, mas as autoridades do aparato estatal não entendiam e não percebiam isso.
A perestroika iniciada por Gorbachev não implicava a transição do estado para outra forma de governo. O socialismo deveria permanecer um sistema estatal. Perestroika foi entendida como a modernização global da economia dentro da estrutura do modelo socialista de economia e a atualização dos fundamentos ideológicos do estado.
A liderança de topo não sabia em que direção o movimento deveria começar, embora houvesse confiança coletiva na necessidade de mudança. Posteriormente, isso levou ao colapso de um enorme estado, que ocupava 1/6 da terra. No entanto, não se deve presumir que, no caso de implementação efetiva de reformas, mais cedo ou mais tarde essa desintegração não ocorreu. Muita sociedade precisava de novas tendências e mudanças, e o nível de desconfiança estava em um nível crítico.