Em 2012, a atenção do mundo foi focada na personalidade do jornalista Julian Assange, fundador da organização mundialmente famosa WikiLeaks. Este projeto publicou repetidamente materiais classificados sobre corrupção nos mais altos escalões do poder, crimes de guerra, escândalos de espionagem e segredos da diplomacia. As atividades do WikiLeaks tornaram-se uma das razões para o processo criminal de Assange.
No final de junho de 2012, Julian Assange solicitou asilo político das autoridades equatorianas. A solicitação de um jornalista online australiano está sendo considerada pelo Ministério do Interior daquele país. Até que o problema finalmente seja resolvido, Assange se esconde das autoridades britânicas no território da Embaixada do Equador, localizada em Londres.
Em maio de 2012, a Suprema Corte de Londres decidiu extraditar Assange para a Suécia, onde ele é suspeito de vários crimes sexuais. O próprio jornalista rejeita as acusações contra ele e acredita que o processo iniciado contra ele é de cor política. A busca por Assange começou depois que o WikiLeaks publicou correspondência diplomática secreta. No outono de 2010, muitos documentos confidenciais do Departamento de Estado dos EUA foram publicados, incluindo correspondência diplomática que não estava sujeita a divulgação.
A polícia britânica emitiu uma ordem para Julian Assange se reportar à delegacia para concluir o procedimento de sua deportação para a Suécia. O jornalista ignorou a agenda, guiado pelo conselho de seus advogados. A lei permite que ele se recuse a comparecer perante a polícia até que as autoridades equatorianas considerem seu pedido de asilo político. De acordo com o direito internacional, a consideração da questão do asilo político tem precedência sobre a demanda por extradição.
Assange acredita que, se for entregue às autoridades suecas, será imediatamente extraditado para os Estados Unidos, onde enfrentará perseguição por publicar materiais ultra-secretos. As ações do jornalista infame e de sua organização podem ser qualificadas como espionagem, pelas quais Assange está enfrentando a pena de morte nos Estados Unidos.
A ação do fundador do WikiLeaks, que decidiu buscar asilo político no Equador, surpreendeu até seus apoiadores. O próprio Assange disse que escolheu esse método para lidar com a arbitrariedade do judiciário, pois não vê outra maneira de evitar a extradição para a Suécia. A Embaixada do Equador confirmou o pedido de asilo e declarou que até a conclusão da consideração pelo governo deste país, Assange estará no território da embaixada.