A estrutura política da França tem características próprias que distinguem esse país de outros estados. Existe um parlamento forte com amplos poderes. A autoridade presidencial também é de grande importância. Por esse motivo, a França é frequentemente chamada de repúblicas mistas, caracterizadas pelo fortalecimento do princípio parlamentar, enquanto aumentam o papel do chefe de Estado.
Manual de instruções
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O órgão legislativo supremo da França é um parlamento bicameral. Assembleia Nacional - Câmara Baixa. Seus membros são eleitos com base no voto direto por um mandato de cinco anos. A câmara alta é chamada Senado e representa os interesses de territórios individuais do país. Os senadores são eleitos para um mandato de nove anos por meio de eleições indiretas nos departamentos do colegiado. A cada três anos, o Senado francês é renovado por um terço de sua composição.
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Ambas as casas do parlamento têm competências semelhantes. As diferenças em seus trabalhos estão relacionadas ao escopo do controle parlamentar e às especificidades da redação de leis. Em certos casos, o chefe de estado tem o direito de dissolver a câmara baixa, mas esses poderes do presidente não se estendem ao senado. O presidente do senado tem um status especial e ocupa o terceiro lugar na hierarquia do estado, depois do presidente e do chefe de governo. Quando a vaga do chefe de estado é desocupada, é o presidente do Senado que ocupa temporariamente esse lugar.
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As unidades do parlamento francês têm seus próprios regulamentos internos, baseados em normas legislativas e disposições constitucionais. Há frações em ambas as casas. O principal trabalho no parlamento é realizado por comissões especiais criadas de forma permanente ou temporária. Cada comissão geralmente representa todas as facções parlamentares.
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Juntamente com o governo, os membros do parlamento têm direito à iniciativa legislativa. Cada uma das leis adotadas passa pelas respectivas comissões das câmaras e por três leituras no parlamento. Uma lei é considerada adotada se ambas as casas a aprovarem. Quando surgem divergências entre as partes do parlamento durante a discussão do projeto de lei, a lei passa por uma longa revisão até que o texto seja totalmente acordado.
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Após a adoção de leis no parlamento, elas são consideradas pelo chefe de estado. Ele pode expressar sua discordância com o projeto e enviá-lo aos legisladores para reconsideração. Se o projeto de lei em sua redação anterior for aprovado pela segunda vez pelas duas casas, o presidente não tem o direito de rejeitá-lo. Tal procedimento demonstra a força do poder legislativo do governo, que pode argumentar com a opinião do presidente do país.
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Cientistas políticos, referindo a França a repúblicas mistas ("semi-presidenciais"), chamam a atenção para o fato de que neste país existem elementos de governo presidencial e parlamentar. Como resultado, o poder se torna quase igualmente dividido entre o chefe de estado e o órgão representativo. As atividades do governo do país dependem igualmente das decisões do presidente e do parlamento.